segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016





Por Luma Mikelle/2º Ano - EM - CJN.

Fazer uma comparação entre o complexo penitenciário do Carandiru e a Bastilha, símbolo irrefutável da queda do absolutismo francês e marco da Revolução Francesa, é algo relevante e significativo, uma vez que, ambos representam a dominação do Estado por sobre os seus subjugados.

A Bastilha com toda a sua grandiosidade e dimensões babilônicas, calava e oprimia por detrás de suas muralhas, todos aqueles que ousassem questionar o poderio absoluto do rei monarca. Esse por sua vez, julgava e condenava, todo e qualquer indivíduo que de alguma forma ameaçasse ou refutasse a sua autoridade, bem como, questionasse o regime político absolutista que regia na época. Os que eram sentenciados a bastilha, usualmente eram presos nobres e letrados, que se autodenominavam contrários ao sistema autoritário vigente.

Entretanto, o que diferencia os presos da Bastilha daqueles que estavam sentenciados a “vagar” por entre as celas fétidas e imundas do Carandiru, sobretudo, eram as condições sociais que designavam e classificavam os presos. Os que eram direcionados ao Carandiru, recebiam um tratamento muito diferente daquele dado aos presos políticos da Bastilha, posto que, os mesmos eram subordinados a condições subumanas inimagináveis. Os que lá chegavam, se viam diante do mais aterrorizador e medonho dos quadros... Homens dos mais variados tipos, todos sujos e amontoados, dividiam o pequeno espaço com criaturas rastejantes e peçonhentas... Muitos até, dormiam sem se quer saber ao certo se acordariam vivos na manhã seguinte. Estavam todos, perdidos e sozinhos em meio aquele inferno em terra, desnudos aos olhos da própria morte.

Há quem diga, que os que ali estavam, eram merecedores do mais atroz e cruel dos castigos. Todavia, a grande questão oculta nas entrelinhas e que se materializa em uma verdade que poucos querem enxergar, é que o Carandiru, reflete toda a estupidez e sujeira de uma sociedade fútil e hipócrita, que condiciona e limita cada vez mais o ser humano as suas próprias prisões internas. A grande questão é, o que é um bandido?

Seria o bandido, aquele que vive as margens da sociedade? Aquele que muitas vezes não tem pai e nem mãe? Ou será aquele que mesmo tendo pai e mãe trabalhadores, percebe que o dinheiro não é suficiente para sustentar sua família e precisa roubar para ter o que comer? Seria o bandido, aquele que não encontra oportunidades por ser um pobre desfavorecido? Ou será aquele que não foi à escola e que não aprendeu se quer a escrever seu próprio nome? Seria o bandido, aquele que se diferencia de você por crescer em um ambiente hostil que o força a se adaptar as condições, como pressupôs Darwin? Lhes pergunto, que perspectiva da vida tem este ser humano? Seria o “BANDIDO” o anti-herói que a própria sociedade criou? E que agora tenta esconder?

Não obstante, lhes pergunto, o que os diferencia dos bandidos vestidos de terno e gravata, que estão aos montes no senado, no palácio do planalto, nas câmaras e ministérios... Sentados com os seus sorrisos largos e com os bolsos cheios de dinheiro roubado? O que os tornam diferentes dos pais que por estarem desesperados roubam um mísero pão para alimentar seus filhos? Por que caros leitores, ao invés de mandar para o Carandiru um desgraçado que não tem se quer o que comer, não enviamos para lá um corrupto ladrão, sem caráter algum que afana o dinheiro púbico sem o menor pudor e que ri de forma debochada daqueles que lhe confiam o poder?

As relações neste texto expostas, são inexistentes, visto que, Carandiru ao sofrer o massacre mais sangrento da história do sistema prisional brasileiro, representou entre outras coisas, a morte de 111 presos informados. Todos do pavilhão nove eram réus primários e que aguardavam julgamento. Dessa maneira, podemos concluir que o massacre ocorrido no Carandiru, representou a vitória do Estado e do abuso de poder por sobre seus subjugados, enquanto a queda da Bastilha, significou a vitória do povo por sobre o Estado absolutista e autoritário.

17 comentários:

  1. A Bastilha, símbolo da Revolução Francesa, era um local onde eram presos aqueles indivíduos que fossem contra a autoridade do rei ameaçando assim seu poder absoluto. Os presos deste símbolo francês eram em sua maioria pessoas letradas que eram contra os ideias do rei, tal como exemplo Voltaire. Porém, os indivíduos presos no Complexo Penitenciário do Carandiru eram homens diferentes daqueles presos na Bastilha. Eram homens que em grande parcela cometiam roubos para ter o que comer, dentre tantos outros casos para poder sobreviver. O texto apresentado acima por Luma Mikelle trás uma perspectiva crítica interessante e defende seu ponto de vista. Este texto demonstra que em tempos onde a mídia domina mentes e a falta de investimento ferrenho em educação se faz presente, existem seres que não se deixam alienar facilmente com o que acontece ao seu redor, tornando-se um ser mais crítico.

    ResponderExcluir
  2. A tomada da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789, marca o início da Revolução Francesa, visto que essa fortaleza era um dos símbolos do absolutismo francês. A partir da regência do Cardeal de Richelieu, que fez reformas centralizadoras, a construção funcionou como uma prisão de intelectuais e nobres opositores à monarquia e ao catolicismo. A França, nesse período, mantinha um sistema representativo extremamente injusto, pois deixava a maioria da população (Terceiro Estado) marginalizada das decisões politicas, enquanto que o Clero (Segundo Estado) e a Nobreza (Primeiro Estado) conservavam seu despotismo. Assim, a invasão da Bastilha foi um ícone desse movimento contra a tirania do Primeiro e do Segundo Estado, além de ter sido fundamental para a natureza da Revolução, pois o prédio abrigava armas.

    Analogamente falando, assim como a Revolução Francesa, o motim na Casa de Detentos Carandiru ocorreu devido a negligencia do Estado em oferecer condições essenciais para manutenção digna da vida humana. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, produzida durante o período da revolução, é importante até hoje, pois definiu prerrogativas básicas, como o respeito pela dignidade das pessoas e a liberdade de expressão, que são garantidas ainda pela Constituição Federal brasileira. Um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos concluiu que "A República Federativa do Brasil violou suas obrigações decorrentes dos artigos 4 (direito à vida) e 5 (direito à integridade pessoal), em virtude da morte de 111 pessoas(...)todos eles detidos sob a sua custódia, na subjugação do motim de Carandiru(...)", Ademais, o "Brasil é responsável pela violação dos citados artigos da Convenção por motivo do descumprimento das devidas condições de detenção e pela omissão em adotar estratégias e medidas adequadas para prevenir as situações de violência e para debelar possíveis motins". Portanto é perceptível que a Revolução Francesa, a existência da Bastilha e o motim do Carandiru foram causados pela falta de atuação justa e efetiva do governo

    ResponderExcluir
  3. A penitenciária do Carandiru era um ícone de poder para os monárquicos, as condições dos condenados eram precárias para ladrões por não ter o que comer, assaltantes, assassinos, traficantes e membros dos mais variados da escória da sociedade. A Bastilha era uma fortaleza que funcionava como prisão para criminosos comuns, porém foi transformado para ser uma prisão de pessoas intelectuais, nobres e principalmente para aqueles que não seguiam a política e a religião católica na época. Dessa forma, a desigualdade social, a má distribuição de renda e, ademais, sempre esteve presente nas sociedades pela falta de investimento na área social.

    ResponderExcluir
  4. A Bastilha foi o símbolo mais emblemático no que tange ao absolutismo monárquico francês, enquanto o Complexo do Carandiru foi referência no que se concerne ao sistema penitenciário brasileiro, no final do século XX.
    Se por um lado a Bastilha comportava presos políticos renomados que iam de encontro aos interesses da coroa francesa, por outro o Carandiru encarcerava bandidos. Vale ressaltar que bandido, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é toda pessoa que vive de roubos ou outras atividades ilícitas.
    A queda da Bastilha representou o fim de uma era de opressão do Terceiro Estado da França (composta por camponeses e profissionais liberais) e o início de tempos de liberdade, igualdade e fraternidade. Já o Massacre do Carandiru revelou a crueldade humana ainda presente, pois os 111 presos foram mortos sem qualquer chance de defesa.
    Luma, o teu texto ficou excelente, no entanto muito cuidado com a inflamações ao opinar, pois, vale salientar, que ninguém deveria ter estado no Complexo do Carandiru, porque esse local infringia o artigo 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos na qual é clara ao dispôr que ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Portanto, nem os políticos corruptos nem qualquer outro infrator da Lei Federal merece passar num lugar como o Carandiru.

    ResponderExcluir
  5. A bastilha ficou eternizada como símbolo da Revolução Francesa, lugar onde eram presos criminosos, so que ao longo dos anos passaram a abrigar pensadores que fossem contra a autoridade do seu rei.
    Ja o complexo penitenciário do Carandiru é marcado pelo seu massacre, onde 111 presos foram mortos cruelmente, desrespeitando até mesmo os Direitos Humanos.
    Dentro desse contexto, com a ligação dos pontos acima, fica nítido que a falta de ajuda e atuação efetiva dos governos causavam motins de aversão aos seus lideres políticos, ao qual respodiam por meio de suas forças.

    ResponderExcluir
  6. A relação é a seguinte, o Carindiru é um símbolo da imposição de poder sobre os condenados, onde os mesmos eram submetidos a diversas agressões a sua integridade, a Bastilha por sua vez tinha um corportamento parecido onde as pessoas eram submetidas as regras e vontades dos apoderados Bastilhanos.
    situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
    A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.
    A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  8. A Queda da Bastilha tornou-se um marco e símbolo da queda da monarquia francesa.A importância da Queda da Bastilha reside no fato de que a partir desse momento a revolução conta com a presença das massas trabalhadoras, deixando de ser apenas um movimento onde deputados julgavam que poderiam eliminar o Antigo Regime apenas fazendo novas leis. Diante dessa situação de falta de representantes políticos , somada à dilapidação dos cofres públicos promovida pela nobreza e pelo clero, aos problemas econômicos enfrentados pelo país na época (devido à participação francesa na guerra de independência dos Estados Unidos somada às colheitas deficitárias ocorridas naqueles últimos anos), a situação torna-se insustentável, o que lança o povo contra o governo de modo dramático, tomando o controle do país à força.Um dos fatos mais conhecidos da história do presídio de Carandiru ocorreu em 1992, quando 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo durante uma rebelião, os quais resistiram às investidas policiais. Esse fato teve grande repercussão nacional e internacional.Apesar do desenho dos pavilhões serem muito similares, os mesmos possuíam diferenças em relação à população que os habitava, cada um com suas peculiaridades. Comuns a eles, é interessante citar os corredores chamados de "rua Dez". Por estarem localizados opostos às escadas, a rua Dez era propícia a acerto de contas, brigas mais sérias e mortes, pois até que os carcereiros lá chegassem, os envolvidos já teriam sido avisados pelos olheiros que ficavam nos corredores de acesso.

    Júlia Dantas

    ResponderExcluir
  9. A queda da Bastilha, sem dúvidas, foi um dos maiores marcos da humanidade, em tal grau de magnitude que marcou a passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea e que hoje (14 de julho) é comemorada, na França, o Dia da Bastilha.
    Como muito bem explicado por Luma, a Bastilha foi uma prisão política francesa e a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, foi uma penitenciária brasileira, na qual, como quase todos os presidiários brasileiros, vivia numa situação de extrema miseriabilidade.
    Entretanto, ao dizer que os políticos brasileiros, verdadeiros ladrões políticos dentre os mais corruptos do mundo, ela peca, pois, tendo em vista as condições esplanada por ela mesma, o Carandiru era um verdadeiro microcosmo ditatorial e desumano, onde o homem era tratado como bicho, os policiais sentiam-se verdadeiros ditadores, onde faziam o que quiser com os detentos, abandonando-os à própria sorte. Portanto, aquele presídio chegava a ferir os Direitos Humanos. Sendo assim, político nenhum, merece, legalmente, ser aprisionado lá.

    ResponderExcluir
  10. No século XX, a Bastilha foi transformada numa prisão de Estado pela monarquia francesa, era um local onde eram presas aquelas pessoas que discordassem ou representavam algum tipo de ameaça ao poder absolutista dos reis e, com isso, vários intelectuais e políticos foram presos. Diante disso, em 1789 houve um acontecimento significativo que deu inicio para a Revolução Francesa, a queda da Bastilha. Durante a Revolução Francesa, foi elaborada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, oferecendo vários direitos para as pessoas, como a liberdade de expressão.
    No entanto, os presos do Complexo Penitenciário de Carandiru eram pessoas que roubavam para sua sobrevivência, submetidas a condições extremas de precariedade, devido ao descaso do Estado em oferecer condições dignas de um ser humano e a falta de investimento.

    ResponderExcluir
  11. A Bastilha foi uma fortaleza, que no século XV foi transformada em um local destinado a infratores e rebeldes que cometessem algum crime ou que se contrapusessem ao sistema político monárquico, a religião ou a política. Os condenados eram submetidos a calabouços que ofereciam as mais precárias e perversas condições; os repartimentos exíguos e grosseiros, cheios de doenças, frio e fome refletiam um cenário fúnebre, opressor e asfixiante. Sua queda se deu em 14 de julho de 1789, pelo confronto direto entre a população insatisfeita e os guardas da Bastilha. Como sequela do motim, vários populares foram mortos, contudo essa revolta significou o triunfo e vitória da classe mais postergada, uma vez que por consequência a monarquia francesa havia sido derrubada.
    A Casa de Detenção Carandiru foi fundada no século XX na cidade de São Paulo com o objetivo de abrigar os autores de crimes e delitos. Após décadas de utilização, esse sistema penitenciário saturou em números de detentos, contribuindo para um complexo de segurança falho, desordenado, e infraestrutura decadente. Aquelas celas onde os presos de forma humilhada se sustentavam eram verdadeiras jaulas macabras, habitadas pela mais hostil presença, vulneráveis as diversas chagas asquerosas. No ano de 1992, o que parecia uma pequena rebelião no presídio se transformou num dos mais impetuosos e brutais massacres relacionados ao serviço prisional. Cerca de 111 detentos foram vítimas da perversidade e caráter algoz dos policiais.
    Eis aí dois exemplos separados por dois séculos de diferença, porém marcados ainda pela forma desumana, selvagem e brutal em que um ser humano trata o outro. A maneira em que Luma relacionou esses dois acontecimentos foi estimável, porém vale ressaltar que ambos processos de reclusão eram caracterizados por condições dilacerantes, impiedosas e degradantes, o que os diferenciou foram seus consequentes resultados, uma vez que a Derrubada da Bastilha representou o sucesso popular e o Carandiru resultou na injusta chacina dos que tinham direito a vida, mesmo que infratores.

    ResponderExcluir
  12. A Bastilha era uma fortaleza situada em Paris, capital da França. No século XV, foi transformada pela monarquia francesa numa prisão de Estado, ou seja, um local onde eram presos aqueles que discordavam ou representavam uma ameaça ao poder absolutista dos reis. Tornou-se um símbolo do absolutismo francês, sendo que vários intelectuais e políticos foram presos em seus cárceres. Durante a Revolução Francesa foi atacada e tomada pelos revolucionários. Os presos políticos foram libertados e a queda da Bastilha tornou-se um marco e símbolo da queda da monarquia franca.
    O Carandiru remete a um período de uso da violência para conter o crime que se notabilizou recentemente por sua superlotação, má administração, pelos massacres violentos que ali ocorreram sendo que 111 presos foram mortos cruelmente por policiais. Em suma dos fatos acima citados, percebemos que a falta de atitude por partes dos governantes é vergonhosa e, por causa disso várias pessoas sentiram na pele essa desavença.

    ResponderExcluir
  13. A Bastilha, foi palco do evento conhecido como "A tomada da Bastilha" em 1789. Essa revolta teve após boatos que corriam na cidade de Paris de que haveria um massacre. Dessa forma a população se rebelaram e incendiaram a Bastilha.
    A penitenciária de Carandiru, localizada em São Paulo, considerado na época o maior presídio da América Latina, foi criada para seguir o código penal vigente. Entretanto, o complexo penitenciário tornou-se um local precário.
    Somando-se a isso, a existente contrariedade expostas nas duas é perceptível, uma vez que na Bastilha as pessoas eram submetidas a vontades dos bastilhanos mas com derrota sobre o Estado absolutista. Já na penitenciária o poder era favorecido ao poder superior, onde os presos eram mantidos em local de má qualidade.

    ResponderExcluir
  14. A tomada da Bastilha se deu no ano de 1789 e se tornou um ícone da Revolução Francesa. A Penitenciária da Bastilha foi uma fortaleza medieval, em que aprisionavam pessoas que iam contra os ideais do governo absolutista e eruditos. Já o Complexo Penitenciário do Carandiru, após exceder o limite máximo de presos e, consequentemente, haver uma superlotação, decaiu, passando por situações de precariedade e massacres violentos. Os presos da Penitenciária do Carandiru eram condenados pela falta de compromisso do Estado, o qual não oferecia condições de vida necessária para sobrevivência dos seres, tendo esses que roubar e até matar para conseguirem alimentos.
    O texto de Luma está muito bem escrito, porém ela se equivoca no momento em que diverge com os Direitos Humanos, direitos esses criados no período da Revolução Francesa, que determina a obrigatoriedade de condições adequadas para a vitalidade. Sendo assim, nenhuma pessoa pode passar por situações desumanas como a exposta na Penitenciária do Carandiru, mesmo que essa tenha violado a lei.

    Laís Mariana

    ResponderExcluir
  15. A Queda da Bastilha, comemorada todo dia 14 de julho, é o feriado mais importante da França e marca de forma definitiva o triunfo da Revolução Francesa em 1789. Nessa Revolução, a burguesia e a plebe da França derrubaram o governo baseado em monarquia, aristocracia e religião, e o substituíram por uma democracia.
    Por mais que a tomada da Bastilha tenha libertado apenas sete presos, ela foi de extrema importância na história da França e do mundo Ocidental. O reino da França passava por uma intensa crise econômica em que todos estavam insatisfeitos com as altas taxas impostas por Luís XVI.
    Influenciados pelo Iluminismo, os parisienses tomaram a prisão, libertaram os presos políticos que estavam em Bastilha e fizeram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, marcando o início da Revolução Francesa.

    O Carandiru foi uma penitenciária brasileira, na qual os presidiários viviam numa situação de extrema miséria. Sendo que também representou entre outras coisas, a morte de 111 presos, entitulado como "O massacre de Carandiru".
    A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é clara quando no seu artigo 5° diz que nenhuma pessoa será submetida a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Entretando, a penitenciaria de Carandiru fere de maneira gravíssima esse princípio.

    No texto apresentado pela aluna Luma Mikelle, há uma reflexão sobre a relação entre esses dois fatos: Queda da Bastilha e Carandiru. Sendo que representam a dominação do Estado por sobre os seus subjugados. Essa reflexão é excelente e muito precisa, visto que aprofunda-se o conhecimento a cerca dos temas e mostra, de maneira não comum, a forma de manipulação usadas pelos instrumentos de mídia de forma eficaz. Além de sua maneira dinâmica na escrita, intrigando o leitor através de questionamentos.

    ResponderExcluir
  16. Ambos foram um sistema prisional. A Bastilha sendo uma prisão política, onde pessoas comuns que eram suspeitas de apresentarem riscos para monarquia eram presas e o Carandiru era uma penitenciaria onde alguns "bandidos" de baixa classe pagavam penas que lhes eram impostas por muitas vezes terem roubados para sua subsistência. Com a queda da Bastilha ocorreu o início da Revolução Francesa em que a plebe derrotou a monarquia, já o Carandiru o poder derrotou a plebe.
    Iana Vaz. 3° ano

    ResponderExcluir
  17. A Bastilha foi um símbolo de grande marco tanto para o absolutismo francês, quanto para a Revolução Francesa. Os presos políticos da Bastilha eram tratados bem, visto que tais prisioneiros possuíam conhecimento acerca da política. Os monarcas, por conseguinte, tinham medo do poder persuasivo desses políticos perante a população, pois os que eram contra a monarquia poderiam afetar diretamente o poder exercido pelos monarcas ao ter o poder de convencimento por sobre a população. Dessa forma, a Bastilha foi criada com o intuito de enviar esses presos e conter a Revolução Francesa.
    No Carandiru, todavia, os presos viviam situações desumanas que, como abordado por Luma, não justifica um erro - por maior que seja - ninguém merece passar por atos de tamanha crueldade. O questionamento, também feito por Luma, faz uma crítica muito interessante em relação às muitas pessoas que cometeram/cometem atos para a própria sobrevivência. Esses atos, muitas vezes vai contra os princípios do indivíduo, mas vivemos numa sociedade tão desigual e tão cheia de padrões que, se fizermos uma análise, a culpa é da sociedade como um todo por deixá-la seguir a tal ponto, por deixarmos viver nessa antítese social. Nos condicionando a seguir nesse modo de vida, no qual uns roubam para comer, enquanto outros jogam comida fora. Muitos dos presos do Carandiru, poderiam estar por crimes maiores (o que também não justifica tamanho infortúnio), outros nem foram julgados, como ocorrido no massacre.
    Em última instância, é perceptível como não há relação efetiva. A queda da Bastilha durante a Revolução Francesa foi marco da vitória do povo por sobre o poderio monárquico, enquanto aqui, o massacre do Carandiru representou, sobretudo, a vitória do poder do governo mal estruturado do Brasil por sobre um povo que precisa de ajuda. Todavia, a falta desempenho íntegro do governo nos dois acontecimentos históricos tornam-os vinculados.

    Luiza Abadia

    ResponderExcluir